
São drogas sintéticas, fabricadas em laboratório, não sendo, portanto, produtos naturais. Foi lançada no mercado farmacêutico na forma de um inalador indicado como descongestionante nasal, em 1932. Em 1937, iniciou-se o comércio de benzedrina, um comprimido para revigorar energias e elevar estados de humor.
Foi usado, durante a Segunda Guerra Mundial, pelas tropas alemãs para combater a fadiga provocada pelo combate. Os Estados Unidos também permitiram seu uso na Guerra da Coréia e Vietnam.
Por ser uma droga cujo uso terapêutico auxilia principalmente na moderação do apetite, são facilmente encontradas nas farmácias, que são obrigadas a vendê-las sob prescrição médica.
Além de inibidoras de apetite, as anfetaminas podem, também, a partir de uma certa dosagem, provocar um estado de grande excitação e sensação de poder. Este uso se popularizou após a Segunda Guerra Mundial, na década de 50.
Na gíria, estas drogas são conhecidas, por exemplo, como "rebite" e/ou "bolinha". "Rebite" é como são chamadas as anfetaminas entre os caminhoneiros. Tendo um prazo para entregar determinada mercadoria, eles tomam o "rebite", objetivando dirigir à noite e não pegar no sono, ficando "acesos" e "presos" ao volante.
O uso entre jovens passou a ser também freqüente. Usadas com o nome de "bolinha", deixam a pessoa "acesa", "ligadona", provocando um "baque". Procurando varar a noite estudando, uma pessoa pode usá-las com o objetivo de realizar esta tarefa por mais tempo, evitando o cansaço. Mais ou menos em l970, inicia-se o controle da comercialização - pois as anfetaminas passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, sendo portanto ilegal seu uso sem acompanhamento médico adequado.
Efeitos físicos e psíquicos do uso agudo:
- As anfetaminas provocam dependência física e psíquica, podendo acarretar, com seu uso freqüente, tolerância à droga, assim como a sua interrupção brusca, síndrome de abstinência.
- Consumidas por via oral ou injetadas, são consideradas psicotrópicos estimulantes, por induzir a um estado de grande excitação e sensação de poder, facilitando a exteriorização de impulsos agressivos e incapacidade de julgar adequadamente a realidade.
- O uso prolongado pode provocar forte dependência, sendo que no extremo podem surgir alucinações e delírios, sintomas denominados "psicose anfetamínica".
- Agitação, prejuizo do julgamento
- Taquicardia, aumento da pressão arterial e arritmias cardíacas
- Suor, calafrios, dilatação das pupilas
- Alucinações ou ilusões visuais e táteis
- idéias paranóides (sensação de estar sendo perseguido ou de que alguém quer prejudicá-lo ou atacá-lo)
- Convulsões
No coração:
- diminuição da quantidade de oxigênio, glicose e outros nutrientes transportados pelo sangue
- aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, podendo levar ao infarto agudo e arritmias cardíacas que podem ser fatais
- acidentes vasculares cerebrais (derrames)
- convulções semelhantes à epilepsia
- isquemia (insuficiente chegada de oxigênio, glicose e nutrientes ao organismo)
- diminuição da atenção, concentração e memória
- o uso durante a gravidez pode causar retardo do desenvolvimento do feto e até a sua morte
- o uso injetável traz o risco de transmissão de doenças como a AIDS e as formas B e C de Hepatite
- depressão, ansiedade, irritabilidade
- perda no interesse ou prazer nas coisas que gostava
- fadiga, exaustão
- insônia ou sonolência diurna
- agitação
- aumento do apetite
- desejo (fissura), vontade muito intensa pela droga